Iniciativa da Algar e da Sociedade Ponto Verde visa aumentar a reciclagem das embalagens de vidro e reduzir o impacte ambiental.
A Algar - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., em colaboração com a Sociedade Ponto Verde, acaba de lançar a campanha "Horeca no Algarve Recicla++ Vidro". Esta iniciativa, que abrange os 16 municípios da região, pretende impulsionar a reciclagem do vidro no setor de Hotelaria, Restauração e Cafetaria (HORECA), promovendo práticas sustentáveis e ambientalmente responsáveis.
O setor HORECA tem um papel crucial na produção de embalagens de vidro, um material que, além de ser 100% reciclável, pode ser reutilizado indefinidamente sem perda de qualidade. Ao reciclar vidro, poupamos recursos naturais preciosos, como a areia dos rios, reduzimos o consumo de energia, diminuímos as emissões de CO2 e evitamos o envio de resíduos para o aterro. Com a reciclagem, as garrafas e os frascos ganham uma nova vida, sendo transformados em novas embalagens de vidro.
"Para alcançarmos as ambiciosas metas da reciclagem de embalagens, especialmente as do vidro, é crucial continuarmos a cooperar, de forma sólida, e a adotar ações específicas que contribuam para esse efeito, como o projeto inovador ‘Horeca no Algarve Recicla++ Vidro’. O nosso programa ‘Juntos a reciclar ++’ permite dar continuidade a este trabalho conjunto entre a SPV, os SGRU, as autarquias e as empresas municipais, e reforça o nosso papel enquanto parceiro de referência na jornada de Sustentabilidade de todos os intervenientes da cadeia de valor”, refere a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais.
Objetivos Ambiciosos para um Futuro Sustentável
A campanha "Horeca no Algarve Recicla++ Vidro" tem como meta envolver e sensibilizar cerca de 1.500 estabelecimentos HORECA, incentivando a correta separação e reciclagem das embalagens, com um foco especial no vidro. Esta ação não se restringe ao vidro, mas também abrange outros materiais recicláveis, como as embalagens de papel/cartão e de plástico/metal.
Um dos principais objetivos é incrementar a reciclagem de vidro em 10%, o que se traduz em mais 71 toneladas anuais de vidro reciclado. Para o papel/cartão e o plástico/metal, as metas de crescimento são de 3%, correspondendo a 86 e 31 toneladas por ano, respetivamente. A campanha também visa aumentar em 18% o número de estabelecimentos que aderem ao serviço gratuito "Comércio a Reciclar", anteriormente conhecido como "Algarlinha". Este serviço oferece recolha seletiva de embalagens, porta-a-porta, ao pequeno comércio, restaurantes e serviços.
Sensibilização Porta-a-Porta e a Importância dos Ecopontos
Durante a campanha, equipas de sensibilização da SUMA e técnicos da Algar, juntamente com representantes dos municípios, realizarão visitas, porta-a-porta, aos estabelecimentos HORECA. Estas visitas terão dois grandes objetivos: aumentar a quantidade de resíduos recicláveis recolhidos nos estabelecimentos já aderentes e promover a reciclagem e adesão ao serviço "Comércio a Reciclar" em novos estabelecimentos do referido sector.
Serão também distribuídos materiais informativos e brindes, além de afixados vinis nos ecopontos de rua, com o intuito de educar e desencorajar o uso inadequado destes equipamentos por parte dos comerciantes. É crucial sublinhar que os ecopontos são destinados apenas para o uso doméstico. Quanto aos estabelecimentos HORECA, devido à maior quantidade e dimensão das suas embalagens, têm à sua disposição o serviço da Algar "Comércio a Reciclar", gratuito, que inclui formação, sacos específicos para a separação dos resíduos e contentores de 120 litros para vidro. Além disso, contam com a recolha dos recicláveis diretamente no seu estabelecimento comercial.
Benefícios para os Municípios e Cronograma da Campanha
A campanha "Horeca no Algarve Recicla++ Vidro" visa não só melhorar a gestão de resíduos na região, mas também reduzir a quantidade de recicláveis enviados para aterro e otimizar o uso dos ecopontos. Espera-se que cerca de 4.500 pessoas sejam diretamente impactadas pela iniciativa, com um alcance indireto ainda maior, sensibilizando também os clientes dos estabelecimentos para a importância da reciclagem.
A campanha será desenvolvida em duas fases. A primeira, de setembro a outubro, focar-se-á na sensibilização e adesão dos estabelecimentos à reciclagem. A segunda, em novembro, dedicará esforços à monitorização dos novos aderentes, assegurando que a separação dos resíduos seja realizada de forma eficaz e sustentável.
Telma Robim, Presidente da Comissão Executiva da Algar, afirma:
"Com esta iniciativa, a Algar reafirma o seu compromisso com a sustentabilidade e com a melhoria da qualidade de vida nos municípios do Algarve, promovendo práticas de gestão de resíduos mais eficientes, destacando a importância da reciclagem de vidro.”
Acrescenta ainda: "Se tem um estabelecimento comercial e ainda não aderiu ao serviço gratuito 'Comércio a Reciclar', convidamo-lo a juntar-se a nós. Entre em contacto através da Linha da Reciclagem, pelo número 800 911 400 (chamada gratuita), ou envie um email para atendimento@linhadareciclagem.pt. Não perca esta oportunidade de contribuir para um Algarve mais sustentável!"
Durante os meses de verão, o Algarve acolhe um número extraordinário de turistas, o que resulta num aumento significativo do consumo de embalagens descartáveis. Este incremento na produção de resíduos, tanto de origem doméstica como comercial, sobrecarrega o sistema de gestão de resíduos.
Pressão Sobre os Ecopontos
Os ecopontos, usados regularmente pelos residentes, são especialmente sobrecarregados entre abril e outubro, período de maior afluxo turístico. Durante estes meses, além dos resíduos domésticos, os ecopontos recebem uma quantidade excessiva de materiais provenientes do comércio local, que se intensifica consideravelmente nesta época do ano.
Serviço Algarlinha: Uma Solução Subutilizada
Para gerir eficazmente os resíduos provenientes do comércio, a Algar disponibiliza o serviço Algarlinha, que assegura a recolha seletiva porta-a-porta no pequeno comércio, restauração e serviços. Este serviço é gratuito e a adesão é voluntária. Apesar da frequência na comunicação e promoção deste serviço, a adesão ainda é limitada. Em 2021, existiam na região mais de 27 mil estabelecimentos do comércio e serviços, mas apenas 2.396 aderiram à Algarlinha, representando apenas 9% do potencial.
Impacte dos Resíduos Comerciais nos Ecopontos
Os estabelecimentos comerciais produzem embalagens em grandes quantidades e tamanhos, muitas vezes inadequadas para os ecopontos. Este problema é evidente nos equipamentos existentes na via pública que mostram resíduos comerciais fora dos contentores. Exemplos incluem sacos de 120 litros deixados ao lado dos ecopontos e caixas de cartão não compactadas, demonstrando ainda uma falta de esforço para acomodar estes resíduos nos contentores.
Ações de Sensibilização e os Desafios na Adesão
No final de 2022, a Algar, com apoio da Sociedade Ponto Verde, realizou uma campanha de sensibilização junto ao setor HORECA (Hotéis, Restaurantes e Cafés) nos 16 municípios do Algarve, visitando 3.386 estabelecimentos. No entanto, apenas 197 (6%) aderiram à “Algarlinha”. As principais razões, citadas pelos responsáveis dos estabelecimentos, para a não adesão ao serviço incluem: a proximidade de ecopontos, a falta de espaço para armazenar embalagens e a produção reduzida de resíduos.
Necessidade de Regulamentação e Fiscalização
Para mitigar o impacte dos resíduos comerciais nos ecopontos, é essencial a implementação de regulamentos municipais que desencorajem a utilização desses equipamentos para colocação dos resíduos com origem na produção do comércio. Uma fiscalização eficaz por parte dos municípios é crucial para alinhar comportamentos e assegurar a utilização correta dos ecopontos, minimizando a existência de imagens que não beneficiam a região.
Obstáculos Adicionais na Recolha de Resíduos
Além dos desafios mencionados, os motoristas das viaturas de recolha seletiva dos ecopontos enfrentam dificuldades devido ao estacionamento indevido de carros junto aos referidos equipamentos, que bloqueiam o acesso e inviabilizam a recolha dos recicláveis. O adiamento destas recolhas obriga à sua integração em novas rotas, comprometendo o desenvolvimento do trabalho e complicando ainda mais a gestão dos resíduos.
Medidas de Reforço para o Verão
Para melhorar a qualidade do serviço durante o verão, a Algar tem implementado várias medidas, incluindo:
- Recolha seletiva dos ecopontos;
- Limpeza da área circundante dos equipamentos devido à deposição indevida no seu exterior;
- Recolha no âmbito do serviço Algarlinha.
Além dos ecopontos, a população tem à sua disposição 12 ecocentros, que recebem gratuitamente grandes volumes de resíduos recicláveis e de maior dimensão, localizados em Loulé (3 instalações), Portimão (2 instalações), e em Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Lagos, Tavira e Vila do Bispo.
Parceria para um Algarve Sustentável
A Algar colabora estreitamente com os municípios do Algarve para incentivar a fiscalização e a deposição inadequada de resíduos nos ecopontos e para sensibilizar a população sobre boas práticas. Esta parceria visa melhorar a coordenação entre as entidades da região e a Algar, otimizando recursos e esforços para garantir um Algarve ambientalmente mais sustentável.
Para mais informações sobre o serviço Algarlinha e como aderir, visite: Algar - Algarlinha.
A Floene promoveu, no dia 22 de maio, no Auditório da Biblioteca Municipal de Faro, a 5ª conferência do seu programa Comunidades de Futuro – “Oportunidades dos Gases Renováveis - Novos Negócios, Competências e Profissões”, juntando empresários, gestores, académicos, associações empresariais, autarcas e outros stakeholders para debaterem de que forma os gases renováveis, como o biometano e o hidrogénio verde, podem contribuir para a transição energética e a descarbonização da economia, e para a criação de novas fileiras de negócio e de novas profissões.
A sessão de abertura foi realizada por Diogo da Silveira, Presidente do Conselho de Administração da Floene, seguindo-se uma intervenção do CEO da empresa, Gabriel Sousa, sobre como 'Promover Comunidades Sustentáveis.
Seguiu-se Sophie Matias, vereadora da Câmara Municipal de Faro, que falou dos desafios associados ao desenvolvimento dos gases renováveis nesta região.
O primeiro painel, com o tema "O potencial dos resíduos na descarbonização e desenvolvimento de novos negócios", foi moderado por Nuno Nascimento, Diretor de Estratégia e Transição Energética da Floene e contou com a intervenção de Aquiles Marreiros, vogal do Algarve 2030 e de Miguel Nunes, Responsável da Área Técnica e I&D da Algar.
Neste painel foi discutido o papel dos resíduos na descarbonização, através da valorização dos resíduos orgânicos para a produção de biogás, tal como já é efetuado pela Algar, e quais as perspetivas futuras da empresa sobre a valorização do biogás. O responsável pela parte de Técnica e de I&D da Algar informou que atualmente a valorização de todo o biogás gerado na empresa é realizada através de produção de energia elétrica. No entanto e atendendo às novas exigências nacionais, nomeadamente o “Plano de Ação para o Biometano”, bem como as crescentes exigências ambientais, estão a ser equacionadas outras opções de valorização, nomeadamente a sua purificação para produção de biometano. A partir daqui é possível injetar este gás numa rede de gás natural ou usá-lo como combustível na frota de recolha seletiva ou transferência que a empresa detém.
O vogal do Algarve 2030 referiu o empenho do programa regional na sustentabilidade e na economia circular, com dotações financeiras relevantes alocadas a estes eixos e materializadas no apoio a medidas de eficiência energética, a novas fontes de energia (inovação), na produção de conhecimento, na inovação produtiva e na formação e capacitação das pessoas.
O segundo painel, sobre "Competências e profissões" associadas a esta nova fileira económica, foi moderado por Nuno Ferreira, Diretor de Gestão de Pessoas da Floene, juntando em debate António Mortal, professor da Universidade do Algarve, António Parreira Afonso, presidente do Grupo Rolear, Madalena Feu, Delegada Regional do IEFP Algarve, e Vítor Neto, presidente do NERA.
Depois Joana Appleton, Diretora de ESG e Sustentabilidade da Floene, apresentou o programa de responsabilidade social corporativa da companhia, que dá corpo ao propósito da Floene de promover comunidades sustentáveis e que integra o tema de transição energética através da utilização dos gases renováveis e da promoção dos objetivos de desenvolvimento sustentável – “Educação de Qualidade" (ODS4) e parcerias para o desenvolvimento (ODS17).
O encerramento dos trabalhos coube a José Macário Correia, Presidente da Associação de Regantes do Sotavento Algarvio.
Através do Programa Comunidades de Futuro, a Floene concretiza a sua política de responsabilidade social procurando contribuir para o desenvolvimento social, económico e ambiental de cada comunidade em que a empresa está presente. Com este programa, a Floene assume-se como facilitadora para uma transição energética justa, fomentando parcerias e aumentando o nível de consciência e educação nacional sobre os gases renováveis, como forma de mitigar as alterações climáticas.