No passado dia 30 de novembro, a Algar recebeu um grupo de visitantes na Central de Valorização Orgânica de São Brás de Alportel, no âmbito de uma ação de sensibilização ambiental organizada pelo respetivo Município, dirigida à população residente local, integrada nas comemorações da “Semana Europeia da Prevenção de Resíduos 2022”.

De acordo com o Município:  “O objetivo desta iniciativa foi:

• sensibilizar os munícipes para a necessidade de prevenir e reduzir resíduos através de decisões no momento de comprar, frequentemente compramos bens que não nos fazem realmente falta, e de descartar os bens que usamos, em vez disso podemos consertar, reutilizar ou reciclar esses bens;
• mostrar a importância da separação de resíduos recicláveis quer ao nível de evitar que os resíduos vão para aterro quer ao nível de reaproveitar materiais;
• sensibilizar para a valorização da compostagem como forma de evitar que os resíduos se acumulem em aterro, com as suas consequências para o ambiente, nomeadamente o aquecimento global e, ao mesmo tempo, de gerar um bem, o composto, com várias aplicações e inúmeras vantagens para as culturas, os espaços verdes, a qualidade do solo e a sua capacidade de reter água;
• • sensibilizar para a importância da economia circular, ao nível da valorização de matérias primas e da poupança de energia e água.” 

   

  De referir que a Central de Valorização Orgânica iniciou a sua atividade em 2014. É uma instalação dotada de soluções técnicas e modernas que contribuem para o tratamento e valorização dos resíduos urbanos biodegradáveis. O processo de tratamento é efetuado através da digestão anaeróbia (ausência de oxigénio), para a transformação da matéria orgânica em composto, que pode ser utilizado como fertilizante agrícola. Deste processo, resulta, também, a produção de biogás que é transformado em energia elétrica.

   

  Atualmente a unidade processa cerca de 2.000 toneladas de resíduos por mês, provenientes da recolha indiferenciada, rececionada essencialmente dos municípios de São Brás de Alportel, Tavira, Castro Marim, Vila Real de Santo António, Faro, Loulé e Olhão. Esta unidade além de tratar e valorizar a afracção orgânica, existente nos resíduos indiferenciados, também retira a fracção de embalagens, sobretudo, plástico e metal, que surge misturado nos resíduos comuns e que deveriam ter sido colocadas nos ecopontos. A correta separação dos resíduos e a sua colocação nos ecopontos é fundamental para que estes materiais não se percam durante o processo. O vidro, por exemplo, dificilmente é recuperado, pois misturado com o orgânico acaba por se partir e não é possível ser resgatado para ser reciclado.